quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O povo guarani não será varrido da face da terra

novembro 22, 2009
O povo guarani não será varrido da face da terra
Altino Machado às 1:18 am
POR JOSÉ RIBAMAR BESSA FREIRE


Polícia, cadeia, tribunal, juiz, código penal, latinorum. Essas instituições raramente punem crimes cometidos contra índios. Por isso, os Guarani não confiam na justiça dos brancos. Conhecidos como os ‘teólogos da floresta’, só acreditam na reza - porahei, de onde tiram sua força e organização. Diante do altar numa casa da aldeia Pirajuí (MS), eles tocam o som agudo do mimby - um instrumento de sopro, dançam jeroky e entoam cantos sagrados, repetindo milhares de vezes, sem parar, como numa ladainha:
- Ore roimé nderehe’y! Ore roimé nderehe’ym…
Significa em português: “Nós sentimos falta de você”. A reza é feita numa língua que os desembargadores ignoram, mas que Nhanderu (Nosso Pai) entende muito bem, porque o guarani é a língua da fé, própria para rezar, cantar, louvar. Na reza, eles conversam com Nhanderu e com o espírito dos professores guarani - Rolindo Verá e Genivaldo Verá - assassinados por pistoleiros em Paranhos (MS), na fronteira com o Paraguai.
A ausência dos dois professores foi sentida na Primeira Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, realizada de 16 a 20 de novembro em Luziânia, na periferia de Brasília, quando foram homenageados com um minuto de silêncio por mais de 700 participantes que discutiram a organização de um sistema educacional responsável, hoje, por 2700 escolas indígenas em todo o Brasil. Numa delas, com 480 alunos, as crianças sentem falta de seus dois professores e também rezam: Ore roimé nderehe’ym.
A última lição
Por que índios armados apenas com giz e apagador são assassinados? Fiz a pergunta ao professor guarani Avá Guyrapá Mirim, presente à Conferência. Ele era amigo de Genivaldo e Rolindo e colega deles na Escola Municipal Adriano Pires. Contou que no dia 29 de outubro os dois integraram o grupo que tentou retomar a terra indígena Tekoha Ypo’i, onde estão enterrados seus avôs, e que hoje, com o nome de Fazenda São Luís, está ocupada pelo fazendeiro Firmino Escobar. Essa foi a última aula que deram.
Com essa aula, ensinaram uma lição escrita com o próprio sangue: os índios devem lutar por seus direitos. Cerca de 3.000 guarani vivem hoje encurralados na aldeia Pirajuí - uma pequena área de 2.118 hectares. Por isso, há dois anos, reclamaram na Justiça a posse do território ancestral, que lhes foi roubado. Mas o processo não andou, porque os fazendeiros ameaçaram os técnicos da FUNAI, encarregados dos estudos exploratórios de demarcação, e também por pressão do governador do Estado, André Pucccinelli (PMDB - vixe, vixe!).
A entrada dos guarani na área indígena ocupada pela fazenda visava justamente acelerar o estudo antropológico, que representa a única forma de evitar os conflitos, porque é ele que vai determinar quais são as áreas indígenas e quais não são. No entanto, pistoleiros expulsaram os índios: “Eles chegaram atirando balas de borracha. Derrubaram a gente no chão, bateram, chutaram, gritando: Aqui não é terra de bugre, essa terra tem dono”.
Impedidos assim de reverenciar seus mortos, lá enterrados, os guarani se dispersaram na mata. Quase todos retornaram à aldeia Pirajuí, com ferimentos e hematomas no corpo. Menos os dois professores, que desapareceram. No dia 7 de novembro, o cadáver de um deles, Genivaldo, foi encontrado no córrego Ypo’i, enroscado ao galho de uma árvore, com duas perfurações no corpo. O outro, até hoje, não foi localizado.
Os índios encaminharam documento ao Ministério Público Federal (MPF), divulgado ontem, dia 21, na comunidade virtual ‘literatura indígena’, pelo guarani Chamirin Kuati Verá, denunciando “a violência armada dos fazendeiros” e indicando ao procurador Thiago dos Santos de Luz os nomes dos criminosos: Joanelse Pinheiro, Toninho e Blanco. Enquanto aguardam a resposta, cantam e rezam: Ore roimé nderehe’ym.
A despedida
Quem contou tudo isso foi Avá Guyrapá Mirim, na conversa que mantivemos durante os intervalos da Conferência Nacional de Educação Indígena em Luziânia. Ele pediu que não fosse publicado seu nome em português, para evitar represálias. Deu mais informações.
Genivaldo, 21 anos, casado, pai de um filho, ensinava informática. Seu primo, Rolindo, 28 anos, com quatro filhos, era professor da quarta série. Ambos estavam concluindo o Curso Ará Verá de Magistério Guarani-Kaiowá. Suas respectivas mulheres estavam em adiantado estado de gravidez. Um dia, visitaram com elas as sepulturas dos avôs, dentro da fazenda, e começaram a sonhar em recuperar a terra para lá viverem com suas famílias. Uma das filhas de Rolindo, de dez anos, acompanhou o pai na visita ao túmulo do avô e na retomada da terra.
Numa mensagem escrita numa folha de caderno, em português, sua segunda língua, Rolindo se auto-definiu: “Eu sou índio guarani, uma pessoa de muitas perguntas, gosto de ouvir os mais velhos, os conselhos, as histórias das vidas que as pessoas idosas levaram na época que os fazendeiros chegaram no lugar em que elas habitavam. Para ser feliz hoje, tudo estes pensamentos que é a nossa realidade deve ser registrado ou feito no papel para que as crianças possam pelo menos ouvir, relembrar ou até mesmo conquistar”. A frase faz parte de um banner denunciando sua morte.
Seus colegas professores Guarani Kaiowá escreveram uma mensagem de despedida, lida na Conferência, na qual dizem: “Os dois desapareceram. Não viverão nas terras que queriam viver, não vão mais fazer roça para alimentar seus filhos, não vão mais educar suas crianças, não vão mais dançar quaxiré (ritual de festa Guarani), não vão fazer novas rezas, não vão ser tamõi (avós). Não verão a lei se cumprir. Porque ela demorou muito, muito mais que a bala que tirou a vida deles”.
O silêncio
O que ainda surpreende é o silêncio espantoso, quase cúmplice, da mídia de circulação nacional, tanto sobre o assassinato dos professores guarani, quanto em relação à Conferencia Nacional de Educação Indígena, que desenhou as diretrizes para as escolas indígenas, num evento em Brasília, aberto pelo ministro da Educação Fernando Haddad, com a presença de centenas de índios, falando dezenas de línguas diferentes. Se isso não for notícia, eu não sei o que é jornalismo.
A Conferência aprovou a criação dos chamados ‘territórios etnoeducacionais’, que reorganiza a educação escolar bilíngüe e intercultural em novas bases, respeitando a territorialidade dos povos indígenas. Quanto ao território guarani, vale a pena transcrever as palavras de Ava Guyrapá Mirim, encerrando nossa conversa:
“Vamos continuar a luta pela terra, isso já está no nosso espírito, achamos força na reza, na dança, no canto. Nossa esperança maior agora é Nhanderu, que vai nos orientar e dar força para recuperar a terra. Os dois morreram, mas o sonho dos guarani não desaparece jamais”.
O Brasil generoso e solidário precisa manifestar sua indignação, exigindo a punição dos criminosos e apoiando a luta dos guarani pela recuperação de suas terras. As vozes do Brasil solidário precisam sufocar a truculência do outro Brasil: o Brasil covarde, o Brasil indiferente, o Brasil cínico, o Brasil omisso, o Brasil que continua a tratar a população indígena de forma colonialista.
Conforme informações de Ava Guyrapá Mirim, oito dias depois do assassinato de Rolindo, sua mulher, grávida, pariu um filho. Uma semana depois, foi a mulher de Genivaldo quem deu à luz uma criança. Os dois órfãos, ainda sem nome, trazem uma mensagem de esperança, de que o povo guarani não será varrido da face da terra.
♦ O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO) e edita o site-blog Taqui Pra Ti .

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DECLARAÇAO INDÍGENA DO X JOGOS DOS POVOS INDÍGENAS

* Como participantes do X Jogos dos Povos Indígenas e com base no espírito do Grande Criador, declaramos as 04 quatro direções do vento:



* Muito obrigado a todos que vivem nessa grande cidade da Amazônia e vivenciaram um município verde. Uma Paragominas indígena;



* Muito obrigado aos irmãos indígenas dessa terra, os KAAPOR e os TEMBÉ. Vocês devem dar exemplo de respeito e solidariedade com os demais moradores desse lugar, para afirmar nossa dignidade como primeiras nações;



* Plantamos 350 árvores amazônicas nessa terra para mostrar que se no passado destruíram o meio ambiente, podemos pedir perdão a Mãe Terra e fazer renascer no nosso coração e no coração da cidade, o respeito ao verde desse lugar;



* Lançamos aqui em Paragominas a Olimpíada Verde, como forma de mostrar a força da natureza do nosso Brasil. Nenhum País do mundo tem o sabor do Açaí, a cor do Ipê ou a força do Mogno. O Grande espírito legou tudo isso aos Índios e agora a todos que pertencem ao Brasil negro, branco ou indígena;



* Tudo que fizemos nessa semana foi para mostrar nosso respeito ao Grande Espírito. Foi para cantar nossas canções, dançar nossos ritos e afirmar nossa luta pela terra, pois sem terra não somos nada;



* Exigimos que o Governo Federal demarque as terras dos Terena, dos Guarani e Kaiwá no Mato Grosso do Sul, pois a ameaça sobre nossas famílias cresce cada vez mais e não temos medo quando nosso direito é agredido;



* Finalmente, afirmamos que se o Brasil quer realizar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada Mundial, deve aprender com os Povos Indígenas a respeitar o meio ambiente, desde a preparação dos atletas até a construção de estádios ou materiais esportivos.



* Contem aos seus filhos e netos o que vocês viram aqui, e se queremos um futuro melhor, devemos aprender a preparar nossos filhos, assim vamos dar um pedaço de nós a Mãe Terra!

Até a próxima.....

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

II Retomada Indígena

Irá acontecer a II Retomada Indígena. Vejam a programação. Não percam!


Olá!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

VI ENCONTRO E FEIRA DOS POVOS DO CERRADO

Memorial dos Povos Indígenas

Brasília, de 09 a 13 de setembro de 2009

PROGRAMAÇÃO



Dia 09 de setembro – Quarta-Feira

Chegada das delegações, boas vindas, credenciamento e hospedagem dos participantes.



16:00 - 20:00 Oficina sobre Uso da Moeda Social**

Local: Tenda - Memorial Povos Indígenas

Coordenação: CEPPEC, Instituto Marista de Solidariedade e Fórum Brasileiro de Economia Solidária

** A moeda social “Cerrado” e o Banco Social serão utilizados durante todo o evento, como mecanismos de estímulo às trocas e comercialização solidárias, com o apoio do Banco Palmas do Ceará e Banco Pirê de Mato Grosso do Sul.

16:00 - 17:00 Oficina para confecção de materiais para o Grito do Cerrado

Local: Tenda - Memorial Povos Indígenas

18:00 - 20:00 Jantar



Dia 10 de setembro – Quinta-Feira



18:00 – 23:00 Feira dos Povos do Cerrado

Local: Espaço de Convivência

08:30 - 12:00 Audiência Pública na Câmara dos Deputados

Local: Auditório Nereu Ramos

Tema1: Monitoramento e Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento no Cerrado

Tema 2: Projeto de Emenda a Constituição do Cerrado e Caatinga - PEC Cerrado Caatinga.

09:00 – 12:00 Oficina sobre Uso da Moeda Social

Local: Tenda - Memorial Povos Indígenas

Coordenação: CEPPEC e Instituto Marista de Solidariedade

** Público: Expositores da Feira do Cerrado

12:30 – 14:00 Almoço

15:00 – 18:00 Painel 1: Contexto socioambiental e econômico do Cerrado

Local: Tenda - Memorial Povos Indígenas

Dra. Mercedes Bustamante

Instituto de Ciências Biológicas da UNB

Dr. Carlos Eduardo Mazzetto

Prof. Geografia e Análise Ambiental do Uni/BH

Eliseu Guarani

Representante da Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado (MOPIC)

Manoel Conceição dos Santos

Representante da Rede Cerrado

Moderador: César Vitor

FUNATURA - Conselho deliberativo da Rede Cerrado.

18:00 – 19:00 Jantar

18:00 – 19:00 Grupo de Danças e Cânticos Indígenas Xerente - GDIX

Local: Arena do Memorial dos Povos Indígenas

19:00 – 20:30 Abertura Oficial

Local: Tenda – Memorial Povos Indígenas

Apresentação dos Embaixadores da Lua - MG



Mesa de Abertura

Carlos Minc - Ministro do Meio Ambiente

Guilherme Cassel - Ministro do Desenvolvimento Agrário

Patrus Ananias - Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Márcio Meira - Presidente da Fundação Nacional do Índio

Jacques Penna - Presidente da Fundação Banco do Brasil

Marina Silva - Senadora

Deputado Pedro Wilson - Deputado Federal

Braulino Caetano dos Santos - Coordenador Geral da Rede Cerrado

Hiparidi Top’Tiro - Coordenador Geral da Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado (MOPIC)



20:30 – 22:00 Apresentações Culturais

Local: Espaço de Convivência

Embaixadores da Lua

Apresentadores Brincantes - MG

Cerrado Poético

Poesia, com Alen Guimarães

Brasília - DF

Grupo do Pequi – Vida de Agricultor – Teatro

Montes Claros - MG

Violão Brasileiro – Solo de Ravi Resck

Brasília - DF

Mulheres do Ribeirão de Areia – Danças Tradicionais Grande Sertão Veredas – MG

Terno de Folia de Reis do Ribeirão de Areia

Grande Sertão Veredas – MG

Povos Indígenas do Cerrado – Danças e Cânticos



Dia 11 de setembro – Sexta-Feira



12:00 – 20:00 Feira dos Povos do Cerrado

Local: Espaço de Convivência

08:30 – 11:30 GRITO DO CERRADO:

Inicio das atividades em frente à catedral de Brasília as 8:00

Corrida de Tora entre Povos Indígenas

Passeata e manifestações públicas na Esplanada dos Ministérios.

Entrega da “Carta do Cerrado” às autoridades públicas

12:00 – 14:00 Almoço

15:00 – 18:00 Painel 2: Povos e Territórios do Cerrado.

Local: Tenda - Memorial Povos Indígenas

Pedro Ramos - Representante da Comissão Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais - CNPCT

Representante do Movimento Sem Terra – MST

Aderval Costa Filho - Coordenador do Núcleo de Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria Institucional e Parcerias do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS)

Rosana Claudino Sampaio - Vice-Coordenadora da Rede Cerrado

Srewe Xerente - Representante da Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado (MOPIC)

Aluísio Azanha - Departamento de Assuntos Fundiários da FUNAI

Moderadora: Mônica Nogueira

A Casa Verde, Coordenação da Rede Cerrado

18:00 – 20:00 Jantar

18:00 – 19:00 Lançamento de livros

Local: Estande da Rede Cerrado

Cerrado em Disputa - Apropriação global e resistências locais. Autor: Carlos Eduardo Mazzetto

Farmacopéia Popular do Cerrado – Articulação Pacari

19:00 – 20:00 Apresentação Xacriabás Dança do Toréu

Povos Indígenas de São João das Missões - MG

Local: Arena do Memorial dos Povos Indígenas

20:00 – 23:00 Apresentações Culturais

Local: Espaço de Convivência

Embaixadores da Lua

Apresentadores Brincantes – MG

Mamulengo Mulungu – Carlos Machado

Brasília - DF

Cerrado Poético

Poesia, com Bic Prado

Brasília - DF

Reisado da Comunidade Bebedouro

Baianópolis – BA

Grupo Manzuá - Danças tradicionais

Comunidade Quilombola Retiro dos Bois

Grande Sertão Veredas - MG

Pereira da Viola

Viola Caipira – Vale do Jequitinhonha – MG



Dia 12 de setembro – Sábado

09:00 – 20:00 Feira dos Povos do Cerrado

Local: Espaço de Convivência

08:30 – 17:00 DINÂMICA - Mapeamento de rotas de comercialização solidária e fluxos de comercialização.

Local: Stand do IMS na Feira

Entidade Responsável: Instituto Marista de Solidariedade

Coordenador: Shirley Silva

Obs: apenas para os expositores da Feira do Cerrado

08:30 – 17:00 SEMINÁRIOS

Local: Tendas Memorial dos Povos Indígenas

Código Florestal Brasileiro – Propostas e Polêmicas

Responsável: Instituto Socioambiental - ISA

Coordenadora: Adriana Ramos

Local: Tenda 1 - Baru

Universidade e Comunidade

Responsável: Universidade de Brasília – UnB e Instituto Sociedade, População e Natureza - ISPN

Coordenador: Donald Sawyer

Local: Tenda 2 - Jatobá

9:00 – 12:00 OFICINAS

Local: Tendas Memorial dos Povos Indígenas

O Cerrado na Mídia

Responsável – Vidágua

Coordenadora: Katarini Miguel

Local: Tenda 3 - Cagaita

Comissão Nacional de Política Indígena

Responsável – MOPIC

Coordenador: Hiparidi Top Tiro

Local: Tenda 4 - Buriti

Agroextrativismo no Cerrado e Alimentação Escolar: desafios e oportunidades

Responsáveis: Ministério do Desenvolvimento Agrário, A Casa Verde e Fundação Banco do Brasil

Coordenadores: Cibelle Sawyer e Representante da Fundação Banco do Brasil

Local: Tenda 5 - Mangaba

Desenvolvimento Regional Sustentável - DRS

Responsável: Banco do Brasil

Coordenador: Patrícia

Local: Tenda 6 - Araticum

O Rio São Francisco e seus povos

Responsável: Comissão Pastoral da Terra da Bahia

Coordenador: Rubem Siqueira

Local: Tenda 7 - Murici

Unidades de Conservação e Comunidades

Responsável: Funatura

Coordenador: César Victor do Espírito Santo

Local: Tenda 8 – Capim Dourado

Agroecologia e Cerrado

Responsável: Núcleo de Agroecologia do Cerrado – NACE

Coordenador: Álvaro Carrara

Local: Tenda 9 - Babaçu



12:00 – 14:00 Almoço



15:00 as 18:00 OFICINAS TARDE

Iniciativas Econômicas Sustentáveis no Cerrado

Responsável: Mobilização e Organização dos Povos Indígenas do Cerrado – MOPIC e A Casa Verde

Coordenador: Agnaldo Terena e Daniela Lima

Local: Tenda 3 - Cagaita

Comércio Justo e Solidário no Brasil e no Mundo: situação atual e perspectivas

Responsável: Central do Cerrado e Instituto Marista de Solidariedade

Coordenador: Luis Carrazza

Local: Tenda 4 - Buriti

Experiências de mapeamento da Sociodiversidade no Cerrado

Responsáveis: A Casa Verde, Instituto Brasil Central - IBRACE, Instituto Sociedade, Proteção e Natureza – ISPN e Centro de Trabalho Indigenista – CTI.

Coordenadores: Andréia Bavaresco, Fábio Vaz, Mônica Nogueira

Local: Tenda 5 - Mangaba

Incentivo ao consumo do Pescado

Responsáveis: Ministério da Pesca e da Aquicultura

Coordenadora: Sheila Oliveira

Local: Tenda 6 – Araticum

Oficina do Sebrae

Responsáveis: Sebrae

Coordenador:

Local: Sala 7 - Murici

Desenvolvimento territorial no Cerrado

Entidades Responsáveis: Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA

Coordenador: Fernanda Corezola

Local: Tenda 8 – Capim Dourado

Oficina de culinária do Cerrado para merendeiras do DF

Entidades Responsáveis: Central do Cerrado, Movimento Slow Food e GDF

Coordenadores: Luis Carrazza e Kátia Karam

Local: Espaço interno - Memorial dos Povos Indígenas

Oficina de Fotolata

Entidades Responsáveis: Foto Lata

Coordenador: José Rosa

Local: Trailer Fotolata

15:00 – 16:00 Roda de Capoeira

Grupo de Capoeira Sol Nascente – Ceilândia – DF

Local: Espaço de Convivência

16:00 – 17:00 Teatro de Bonecos

Elizete Gomes

Local: Espaço de Convivência



18:00 – 20:00 Jantar

18:00 – 19:00 Povos Indígenas – Danças e Cânticos

Local: Arena do Memorial dos Povos Indígenas

20:00 – 23:00 Apresentações Culturais

Local: Espaço de Convivência

Embaixadores da Lua

Apresentadores Brincantes - MG

Cerrado Poético – O Grito do Cerrado

Poema em ritmo de Rap - Zé da Paes

Mirassol D´Oeste - MT

O Canto das Quebradeiras - Cantos de Trabalho

Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB (MA/PI/PA/TO)

Reisado da Comunidade de Larga

São Desidério – BA

Povos Indígenas – Danças e Cânticos



Dia 13 de setembro - domingo



09:00 – 16:00 Feira dos Povos do Cerrado

Local: Espaço de Convivência

09:00 - 10:30 Plenária final da Rede Cerrado

Local: Auditório Externo - Memorial Povos Indígenas

11:00 – 12:00 Mística de encerramento

Local: Arena Memorial dos Povos Indígenas

12:00 – 13:00 Almoço



ATIVIDADES PERMANENTES – Dias 10, 11, 12 e 13 de setembro

Exposições Temáticas sobre o Cerrado

Dias 10, 11 e 12 das 09:00 – 20:00

Local: Espaço Interno do Memorial dos Povos Indígenas

Exposição “Conservação da Agrobiodiversidade para o Desenvolvimento Local Sustentável dos Povos do Cerrado”

EMBRAPA CENARGEN/CERRADOS

Exposição “Cerratenses”

Obras do artista plástico Rômulo Andrade e de artistas da Sala de Altas Habilidades de Sobradinho II, sob coordenação do prof. José Ivacy Souza

Exposição “Cerrado, Imagem e Poesia”

Fotografias e poemas de Humberto Pelizzaro

Exposição “Fotolata”

Local: Trailler do Fotolata

Exibição de Vídeos Temáticos sobre o Cerrado

Dias 10,11 e 12 das 10:00 – 17:00

Local: Sala de Vídeo do Memorial dos Povos Indígenas

Diversos títulos.

domingo, 6 de setembro de 2009

II Encontro de Articulação dos Índios Kaimbé no Estado de São Paulo

Foi realizado no dia 16 de agosto de 2009 o Segundo Encontro de Articulação dos Índios Kaimbé que residem no Estado de São Paulo.
O evento aconteceu no município de Ferraz de Vasconcelos-SP,tivemos o apoio da Prefeitura e da Secretária de Cultura e Turismo do município,também pudemos contar com a ajuda do CIMI e da pastoral Indigenista-SP.
O evento iniciou-se as 9:00hs e terminou as 17:00hs,no decorrer dos discursos foi falado sobre a importância da nossa união,para que sejamos reconhecidos perante os órgãos responsáveis por nós indígenas,falamos sobre educação,saúde e uma possível associação.
Devido as nossas necessidades e interesse do nosso povo montamos uma comissão para articulação,no qual vamos discutir e tentar solucionar os principais problemas que enfrentamos hoje vivendo na área urbana.As reuniões acontecerão uma vez a cada dois meses.
Sendo os membros:
Maria José Dantas,Maria Quitéria Ferreira de Carvalho,Magna Silva Gonçalves, João Dias da Gama,Égina Silva Gonçalves,Maria Sônia Dias da Gama, Rosimeire Gama Macedo,Roberto Gama Macedo,Eulalia Bispo dos Santos e Raimunda Dantas Moreira.
Esteve presente as seguintes famílias:Dantas,Dias da Gama,Macedo Gama,Família Bispo,Ferreira Carvalho,Família Gonçalves e Moreira.
Tivemos duas etnias presentes Tupinambá e Wassu Cocal e convidados de outras entidades da região,na relação dos convidados estavam a FUNAI,FUNASA e Lideranças da aldeia Massacará,que por algum motivos não estiveram presente,e apenas para ressaltar que os convites foram enviados com tempo hábil para obtermos uma resposta.
Mesmo sem a presenças deste convidados o evento teve o desenvolvimento esperado no qual toda a comunidade pode participar.
Tivemos desta vez 110 participantes nos quais saíram comprometidos e ciente da nossa luta que será constante,para que possamos conseguir nossos objetivos principais.
Ficou certo de que o nosso III encontro será dentro de um ano e que agora iremos nos articular para chegar as nossa reivindicações aos órgãos responsáveis sendo eles Municipais,Estaduais e Federais.
Esperamos que com todo nossos esforços nós nos fortaleça e futuramente os Índios Kaimbé que residem na área urbana sejam verdadeiramente reconhecidos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

2º Encontro Indigena do Alto Tietê

As etnias indígenas Terena, Wassu Cocal, Fulni-ô e Pankararé, da região do Alto Tietê, em parceria com o Pontão de Cultura “Cultura e Meio Ambiente – Tecendo o Saber” (através do Ponto de Cultura Indígena de Área Urbana “Kopenoty Ia M’Boigy”), com o Projeto “Índios na Cidade” da ONG Opção Brasil e com a Universidade de Mogi das Cruzes convidam os indígenas da região do Alto Tietê, indigenistas e interessados na causa indígena a participarem do “2º Encontro Indígena do Alto Tietê”. Este Encontro será realizado dia 29 de agosto de 2009 das 14h as 17h no auditório da Universidade de Mogi das Cruzes (que fica ao lado da Estação de Trem “Estudantes”). Neste encontro serão mostrados alguns trabalhos realizados pelo Ponto de Cultura Indígena, será apresentado o “Portal Indígena Global (www.ictindigenousportal.org)” (portal este apoiado pela ONU, pelo Fórum Permanente de Assuntos Indígenas da ONU e por organizações indígenas – como o Comitê Intertribal e a Indiosonline – e indigenistas – como a Opção Brasil), e serão debatidas questões relativas à população indígena do Alto Tietê (como por exemplo: políticas públicas, inserções e a criação de um Conselho Indígena do Alto Tietê). Este encontro é realizado desde 2008 sempre em agosto também para fazer alusão ao dia 9 de agosto – Dia Mundial dos Povos Indígenas. Aguardamos vocês!



Maiores informações nos fones: 27590390, 47987110 e 97291011. Ou nos emails: marcos.aguiar@opcaobrasil.org.br e irmaopu@yahoo.com.br.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Tabela das etnias do Distrito Federal

Olá pessoal!!!

Para quem não sabe, existem muitos índios vivendo no Distrito Federal. Abaixo está uma lista atualizada com a relação das etnias que vivem atualmente neste local.
Não deixem de comentar.

DISTRITO FEDERAL (23 etnias):
Brasília: Atikum, Baniwa, Baré, Bororo, Fulni-ô, Kaimbé, Kaingang, Karipuna, Makuxi, Nhambiquara, Potiguara, Pankará, Pankararu, Pankararé, Pataxó, Suruaha, Terena, Ticuna, Tupiniquim, Tukano, Xavante, Wapichana, Wassu Cocal.
Fonte: Tabela das etnias do Distrito Federal – Projeto “Índios na Cidade” – ONG Opção Brasil – última atualização: Maio de 2009.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Tabela das etnias da Grande São Paulo

Para quem não sabe temos muitos indígenas vivendo na Grande São Paulo, algumas etnias são daqui mesmo e outras migraram de outros estados. Portanto, estamos colocando uma tabela atualizada das etnias que vivem atualmente por aqui.

Tabela das etnias da Grande SP (52 etnias): Aranã, Atikum, Baniwa, Cinta Larga, Fulni-ô, Geripankó, Guajajara, Guarani Kaiowá, Guarani Mby’a, Guarani Nhamdeva, Kaimbé, Kaingang, Kalapalo, Kambiwá, Kamayurá, Kanela, Kantaruré, Kapinawá, Karajá, Kariri, Kariri – Xocó, Katokim, Kaxinawá, Kayabi, Kayapó, Krenak, La Klãnõ, Macuxi, Munduruku, Mura, Nhambiquara, Pankará, Pankararé, Pankararu, Pataxó, Pataxó Hã Hã Hãe, Potiguara, Puri, Tapeba, Terena, Ticuna, Tremembé, Truká, Tukano, Tuxá, Tuyuka, Wassu Cocal, Xavante, Xerente, Xukuru de Ororubá (Pesqueira - Pernambuco), Xukuru – Kariri, Yanomami.
Fonte: Tabela das etnias da Grande São Paulo – Projeto “Índios na Cidade” – ONG Opção Brasil – última atualização: agosto de 2009.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Gualberto Terena fala sobre a RED YES

Nesta segunda - feira (03/08) a Opção Brasil recebeu a visita de Samuel González, presidente da Fundación E, localizada no México e especializada em empregabilidade juvenil. Ele também coordena aqui na América Latina a Red Yes, na qual desde essa data, fazemos parte também.
E para celebrar este dia tão importante para nós, chamamos alguns amigos e parceiros nossos, entre eles o nosso amigo indígena Gualberto Terena, que nos relata o que achou deste dia tão especial.

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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Conferências de Educação no Estado de São Paulo

Nós da Opção Brasil defendemos a lei 11645 que se refere a inclusão obrigatória na rede de ensino a temática História e Cultura Afro - brasileira e Indígena. Portanto, estamos participando, juntamente com os indígenas, de conferências de educação que estão acontecendo em vários pontos e datas na cidade de São Paulo. Abaixo segue a lista com os locais e datas, gostaríamos de contar com a presença de vocês.

- 31/07 e 01/08 - Campinas e mais 90 cidades da região;
- 13/08 - São Bernardo do Campo;
- 16 e 17/08 - São Paulo (Capital);
- 21 e 22/08 - Guarulhos e Alto Tietê

Para mais informações ou dúvidas entrem em contato: contato@opcaobrasil.org.br

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Confiram o lançamento do livro Curumim Poranga








Olá pessoal!!!
Ontem, dia 19/07, foi o lançamento Curumim Poranga da escritora e amiga de nossa ONG, Neli Guiguer. Quem não pôde ir perdeu uma bela apresentação, mas poderá conferir um poquinho nas fotos aqui no Blog.


Abraços à todos e não esqueçam de deixar seus comentários.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Entrevista com a Ava, Josimar e Flávia

Olá pessoal!!!

Ouçam a entrevista feita com a Ava e Flávia da etnia Fulni-ô e Josimar da etnia Pankararé. Aqui cada um conta um pouco da sua história de vida e como se sentem vivendo na cidade sendo indígenas.
Deixem seus comentários.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Lançamento do livro "Curumim Poranga"

O projeto.

Projeto Índios na Cidade

O Projeto “Índios na Cidade”, da ONG Opção Brasil, sob a coordenação de Marcos Júlio Aguiar, consiste em refletir, e agir, em torno da demanda de homens e mulheres indígenas que vivem na cidade; os aldeados e principalmente os que estão fora de suas aldeias.

O início deu-se em 1998, quando ainda não tinha o nome que tem hoje e era realizado por um grupo de voluntários da Pastoral Universitária da Diocese de Santo André. Em 2000, o Projeto saiu da pastoral e passou a ser exclusivamente um trabalho voluntário. Em 2001, assume seu nome atual e em 2002 ele passa a pertencer à ONG Opção Brasil.

Em todo este período de atuação junto ao Povo Indígena das cidades, foi constatado o seguinte: a realidade destes indígenas que vivem fora de suas aldeias e dentro das cidades é bem pouco ou nada trabalhada pelos poderes públicos locais e pelas entidades indigenistas. Por este e outros motivos, o Projeto “Índios na Cidade” também consiste em:

* Visitar os indígenas e suas famílias que vivem nas cidades, tanto em periferias como nos meio rurais e urbanos, e promover reuniões, encontros e reflexões com eles para discutir suas necessidades;

* Apontar caminhos que ajudem a diminuir a exclusão que o povo indígena vive das cidades, assim como denunciá-la sempre que necessário. Não substituir o papel do poder público responsável por essa questão;

* Buscar quebrar estereótipos, preconceitos e paradigmas errôneos que costumam ser associado ao indígena e sua essência;

* Procurar levar à sociedade em geral, e nos âmbitos civil, público e privado que o indígena que está na cidade não deixa de ser índio, pois isso faz parte de sua essência, fazendo com que ele seja reconhecido como é (costumes, cultura, modo de ver a vida, entre outros) e não como esta quer que ele seja;

* Fazer também com que o indígena que está na cidade enxergue e reconheça a sociedade que o envolve e que, através deste reconhecimento, consiga conquistar seus espaços, abrir seus caminhos, ter seus direitos preservados e realizar seus deveres;

* Buscar oferecer meios para que esses indígenas possam manter sua cultura mesmo vivendo em cidades e longe de suas aldeias. E nos casos dos indígenas que se distanciaram de sua cultura, procurar trabalhar o resgate de seus valores e de sua auto-estima;

* Apoiar, de forma coerente, as formas de manifestação a favor do povo indígena (abaixo assinados, formação de associações indígenas, encontros indígenas, moções etc.) e disseminá-las na sociedade. Apoiar também projetos propostos pelos indígenas;

* Envolver os indígenas em outros projetos da ONG Opção Brasil, como os de juventude e meio ambiente;

* Fazer o que chamamos de política de “ocupação de espaços”: sempre que houver oportunidade, trazer o indígena para mostrar seu trabalho. Exemplos: envolver o indígena em conferências de saúde; se houver espaço para comercialização em eventos de participação da ONG, dar oportunidade para que indígena comercialize seus produtos; dar oportunidade também para que o indígena leve informações acerca de sua cultura e sabedoria para professores da rede de ensino e para outros profissionais, valorizando sempre a população indígena local (de determinado bairro, cidade ou região);

* Propor espaços de reflexão acadêmica, de encontro, de ritual, sobre o tema “Indígenas que vivem em cidades”;

* Refletir e trabalhar em busca de políticas públicas para os indígenas que vivem em cidades;

* Nunca falar em nome dos Povos Indígenas, mas falar sempre em nome do trabalho que realizamos. Procurar também abrir espaços para que os indígenas tenham voz e vez.

Em nossa atuação, já atendemos milhares de indígenas, colaborando nas mais diferentes formas (doação assistencial, projetos de educação e cultura e de fomento, transporte, saúde, articulação política indígena, entre outros). E também devido ao nosso grande volume de trabalho necessitamos de auxílio.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Entrevista com o indígena Adeildo

Olá Pessoal!!! Sejam todos bem - vindos!!!

Ouçam a entrevista feita dia 14/07/09 com o indígena Kambiwa em nossa sede. Espero que gostem, deixem seus comentários